Sara Pinheiro
Fotógrafa
Quando é que começaste a interessar-te por fotografia?
Há filmagens minhas, quando tinha quatro anos, a roubar a câmara fotográfica dos meus pais. Claro que deste momento só me recordo porque está filmado. Mas lembro-me que foi com treze anos que tudo começou. Foi um ano depois de ter deixado de tocar piano. Toquei piano dos seis aos doze anos. Os meus pais compraram-me a primeira câmara fotográfica digital quando tinha treze. Rapidamente me apaixonei pela fotografia. Comecei a fotografar o normal, paisagens, animais, flores e fazia experiências com gotas de água. Eu adorava passar o meu tempo a experimentar novos tipos de fotografia. Durante anos tive vergonha de fotografar pessoas. Só muito mais tarde quebrei esta barreira.
A licenciatura em arquitetura ajuda a completar a tua visão fotográfica? Como?
Sem dúvida que ajudou. Fez-me observar os espaços de maneira diferente. Com outros olhos e cuidado.
O que mais gostas de fotografar?
Ultimamente o que mais fotografo são pessoas. Gosto de captar a sua essência só com um clique.
Analógico ou digital? Porquê?
Digital. Mas não esquecendo o analógico. Ainda tenho a minha primeira câmara analógica. Mais uma vez, os meus pais ofereceram-me quando eu tinha 9 anos, e continuo a utiliza-la. Gosto quando revelo em papel, e nem faço ideia do que fotografei. Adoro este factor surpresa.
Quais são os teus interesses para além da fotografia?
Eu adoro cozinhar, costumo dizer que é a minha terapia. Adoro inventar receitas e da-las a provar às minhas pessoas. Depois tenho os interesses mais comuns, viajar, concertos e consumir cultura visual como: series e filmes.
Como te defines?
Defino-me como uma pessoa calma, positiva e com um humor muito peculiar.
Qual é o teu estilo de vida?
Considero o meu estilo de vida organizado, ponderado e calmo. Quando não estou em produções, gosto de estar no meu covil, como costumo dizer.
Qual é o cenário perfeito?
Desde que haja boa luz, qualquer um é perfeito. Sou muito geek da luz natural. Sou aquela amiga que está sempre a dizer ‘’que luz incrível’.
As tuas receitas com couve flor e em especial o pão, têm muito sucesso entre amigos. Conta-me como começou.
Como gosto imenso de cozinhar e passei a ter uma alimentação saudável, procuro muitas receitas sem hidratos de carbono. A pizza e o pão de couve flor surgiram assim. Estava numa fase da minha dieta em que não comia hidratos de carbono. Pesquisei esse tipo de receitas e encontrei estas duas. Alterei um pouco, tirei alguns ingredientes, adicionei outros, fiz experiências e cheguei ao produto final. Dei a provar aos meus amigos que também adoraram. Uma amiga está a tentar fazer-me a cabeça para ter um negócio de pão de couve flor. Provavelmente será um projeto futuro. Vamos a ver.
Qual é o teu motto?
Levar a vida com descontração e com abordagem positiva.